08/10/2009

Estudantes de escolas públicas e artistas terão curso sobre Intervenções Urbanas


A cidade pode virá espaço para ação e reflexão artística. Nos últimos anos vem que crescendo essa tendência no campo da arte na região do Cariri.

O espaço urbano, a cultura e as novas formas de fazer e pensar artes são temas que serão abordados no Curso Arte Contemporânea: Linguagens das Intervenções Urbanas que será realizado pelo Coletivo Camaradas e o SESC Crato. O curso tem como objetivos Refletir sobre os fazeres e os discursos da arte contemporânea, a partir da analise das ações coletivas e individuais realizadas no espaço urbano, tendo como foco a compreensão do processo e das linguagens utilizadas nas intervenções urbanas e a experimentação desses fazeres. O Curso terá início no dia 14, a partir das 18 horas, no auditório do SESC. O público alvo deste curso são alunos do ensino básico, universitários, professores de artes das escolas públicas e artistas. O curso será dividido em módulos aonde serão abordadas as temáticas: O que é Arte Contemporânea?; Espaço, cidade e Cultura; Conceituação sobre Intervenções; Stencil;Impressões Urbanas; Noções de Fotografia; Mídia Tática; O Teatro de Rua; Audiovisual e Novas Mídias.

Para o coordenador do Coletivo Camaradas, o arte-educador Alexandre Lucas uma das intenções do curso é propiciar que sejam criados novos coletivos na região a partir desta ação. Ele destaca que esse fomento para criação de coletivos é importante para contribuir com o processo de organização dos artistas. Lucas acredita que a rua é um dos espaços democráticos para aproximar a arte do cotidiano das pessoas.

A Gerente Sesc Crato, Carla Prata ressalta que acredita na perspectiva da ampliação de mundo a partir da vivência artística e a utilização deste conhecimento como suporte de novas possibilidades de criação e reinvenção do ser humano. Carla Prata diz que parceria com o Coletivo Camaradas vem agregando valor ao que o SESC já vem desenvolvendo na área de Cultura.

O curso será ministrado por professores, artistas e pesquisadores e terá carga horária total de 80 horas aulas divididas em aulas praticas e teóricas.
Como prática artística no espaço urbano, a intervenção pode ser considerada uma vertente da arte urbana, ambiental ou pública, direcionada a interferir sobre uma dada situação para promover alguma transformação ou reação, no plano físico, intelectual ou sensorial. O projeto conta ainda com a parceria do Projeto Nova Vida e da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri – URCA.

O curso será gratuito e os participantes terão direito a carteira dos SESC.

08/09/2009

Trabalhos de Alexandre Lucas são doados a União Brasileira de Mulheres

Arte, interação, questões sobre gênero, emancipação e ações coletivas no fazer artístico são elementos recorrentes nos trabalhos de arte do artista do Ceará que é um dos fundadores do Coletivo Camaradas. O trabalho deverá circular o Brasil, através da UBM.

O artista cearense, Alexandre Lucas tem um trabalho de engajamento político e de comprometimento com as causas populares na sua arte. Prova disso é a sua preocupação no seu fazer artístico e o seu desprendimento com a posse de suas obras. Recentemente Lucas doou a União Brasileira de Mulheres – UBM toda a exposição “Ousadas”. O acervo consta de 20 gravuras digitais (infogravura) no tamanho 60cm x 80cm. A exposição Ousadas tem uma proposta de interação com o público. O artista ressalta que é necessário possibilitar e criar condições para que o grande público se sinta parte do fazer artístico. O trabalho reúne ainda fragmentos de textos do movimento feminista de caráter emancipacionista e deverá circular pelos estados brasileiros, através de uma ação da entidade brasileira chamada “Caravana Ousadia”.

A exposição tem um caráter político e visa fazer uma reflexão sobre o papel da mulher na contemporaneidade e evidenciar a importância da luta do movimento feminista enquanto instrumento de emancipação humana.

Para Lucas as obras com a UBM são mais úteis para a discussão sobre gênero. Os trabalhos de produção das obras foram financiados pelo Centro Cultural do Banco do Nordeste e a exposição esteve exposta no período de junho a agosto deste ano no Centro Cultural do Banco, em Sousa-PB.

Alexandre Lucas é um dos fundadores do Coletivo Camaradas, organização que reúne artistas, pesquisadores e pessoas ligadas a arte que tem o intuito de discutir e propor ações artísticas com e para o grande público. O Coletivo tem com base teórica os estudos marxistas sobre arte e estética. Lucas, é pedagogo, arte-educador, poeta, artesão, artista visual, articulador cultural e atua profissionalmente na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Regional do Cariri - URCA , através do Instituto Ecológico e Cultural Martins Filho – IEC.


Coordenadora da União Brasileira de Mulheres, Eline Jonas fala sobre a Caravana Ousadia e do trabalho de Alexandre Lucas

Eline Jonas possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Goiás (1973) e doutorado em Ciencias Politicas e Sociologia - Universidad Complutense de Madrid (2002). Atualmente é Profª. Titular da Universidade Católica de Goiás, Consultora Ad Hoc da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Goiás, Presidente Conselho Estadual da Mulher - CONEM/ Secretaria de Estado de Políticas P/ Mulheres e Promoção da Igualdade Racial e Suplente do Conselho Nacional de Saude (CNS)/ Ministério da Saúde. Coordenadora Nacional da União Brasileira de Mulheres/UBM. Tem experiência em pesquisa na área de Políticas Públicas, Saúde Coletiva, com ênfase em Saúde da Mulher, atuando principalmente nos seguintes temas: gênero, trabalho, cidadania, direitos humanos, globalização.

Como a senhora vê a doação da exposição Ousadas do artista Alexandre Lucas?

Eline Jonas: Trata-se de uma atitude que demonstra o despreendimento e o forte compromisso social de Alexandre. A União Brasileira de Mulheres/UBM, terá esse precioso acervo para "conversar"/dialogar com as mulheres nos Estados, nos locais/oficinas de discussões ou representações de cenas do cotidiano na perspectiva emancipacionista. Cabe destacar que nos esforçaremos para construir diferentes formas de fazer/estar, principalmente junto aos setores populares e de trabalhador@s que, em geral tem poucas oportunidades de acesso a produção artística em todos os níveis. Participar de iniciativas como esta implica-nos organizar os espaços onde as pessoas se manifestarão, conforme propõe o autor.

São iniciativas como essa que verdadeiramente contribuem para o pensar/o dialogar, numa sociedade fragmentada e com maior desvantagem para as mulheres e negros e despossuidos alargando as estatísticas da exclusão social. Haverá oportunidade das pessoas expressarem de diferentes formas o sentimento despertado frente a obra. Procuraremos ampliar esta divulgação por meio de artigos a serem veiculados pela Revista Presença da Mulher e por outros órgãos de comunicação das cidades brasileiras.

Procuraremos estabelecer uma Rota Cultural emancipacionista em parceria com Instituições Universitárias, salas publicas de exposição e divulgação nos meios para oportunizar as pessoas a traduzirem em palavras, frases o sentimento despertado pelos traços e cores da obra, naquilo que ela lhe toca quando identificamos nós mesmos e a resultante de nossas vidas. Por outro lado, neste caso, reflete a confiança do artista no compromisso e trabalho político da UBM que também comunga com os ideais da igualdade entre homens e mulheres e lutamos por uma sociedade justa e igualitária..

O que senhora achou da proposta deste trabalho?

Eline Jonas: Trata-se de um conteúdo em movimento - uma atitude/ação socializada que se multiplicará geometricamente por meio de centenas de olhares, mãos feministas e de setores sociais preocupados com a situação de violência , discriminação e preconceito em relação as mulheres. Oportunizará um publico diversificando a interagir com sua mensagem por meio dos olhares e sentidos desde as diferentes Regiões do Brasil.

A nosso ver a arte possibilita a cada qual observá-la a partir de seu lugar no mundo fazendo a leitura ou traduzindo a partir de seus traços regionais a "criação" para seu cotidiano vivido e sonhado.

A UBM já desenvolve alguma ação aonde relacione Arte x Mulher?

Eline Jonas: A UBM atua no Brasil com cinco pontos de cultura envolvendo outras formas de expressão da arte - dança, coral, teatro.

Qual será o destino desta exposição? Já tem locais previstos para exposição? Quais os estados?

Eline Jonas: Eline Jonas: Neste pouco tempo, já fizemos alguns contatos com as Ubemistas dos Estados para esboçarem um plano em cada local para definirmos datas e quem estará responsável pela caravana cultural OUSADIA.

Qual o papel da arte para emancipação da mulher?

Eline Jonas: A arte nos envolve emocionalmente e nos incita a reflexões/ações sobre o mundo, a natureza e as relações sociais e de gênero, principalmente quando se trata de pessoas que suportam as reduzidas oportunidades, a dura vida da dupla jornada de trabalho, com salários mais baixos e como únicas responsáveis pelos cuidados e sobrevivência de suas famílias. Mas, que resistem a tipo de preconceito ou dificuldades colocadas por um mundo moldado pela ideologia machista, patriarcal fundada na propriedade privada e na naturalização da desigualdade social e de gênero, que valoriza o Ter e não o Ser. A arte e as manifestações culturais constituem em um importante instrumento que alimenta emoções, consciência sobre a realidade - o grito percebido pelo "olhar" - um quesito fantástico que contribui para nossa humanização, portanto para o desenvolver da condição humana.


Conheça um pouco do trabalho deste artista

Exposições e ações coletivas

2009

Bienal da UNE – Savador –

Espaço Cuca – Ações PIA/Coletivo Camaradas

Exposição Cabaré Memórias de uma vida. Realização: Coletivo Camaradas. Centro Cultural do Banco do Nordeste CCBNB Cariri. Março/ Juazeiro do Norte-CE;

Exposição Ninho ( Exposição com trabalhos de dententos e detentas das cadeias públicas das cidades de Crato e Várzea Alegre. Realização: Comissão dos Direitos Humanos da OAB – Subsecção Crato. Fórum Hermes Parayba - Curadoria. Fevereiro/Crato-CE

Exposição Cariricaturas – Representações da Cultura no tempo e no Espaço - II Colóquio Imago. Realização Grupo de Estudos e Pesquisa Imago da Universidade Regional do Cariri – URCA. Junho/Crato-CE.

2008

Encontro da TEIA – Brasília – DF PIA/Coletivo Camaradas

II Agosto da Arte. Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB CARIRI. Juazeiro do Norte/CE

Mostra 8 de Maio – Sesc Iracema. Fortaleza/CE. Realização Associação dos Artistas Profissionais do Estado do Ceará.

I Mostra desUSA de Artes Visuais. Crato/CE. Realização: Coletivo Camaradas.

2007

Mostra Sesc Cariri de Cultura. Instalação Coletiva “Contradição”. Realização: Serviço Social do Comércio - Sesc.

Agosto das Artes. Intervenção Urbana “Músicas para reflexão”. CCBNB Cariri Realização: Centros Culturais do Banco do Nordeste

I Mostra de Artes Cênicas do BNB. Instalação “Rolos da Vida”. CCBNB Cariri. Realização: Centros Culturais do Banco do Nordeste.

2006

Incluídos - Mostra Coletiva de Arte Contemporânea. Crato/CE. Universidade Regional d o Cariri – URCA. Realização: Grupo de Artistas do Crato.

Um Passeio Surreal – Instalação Coletiva com alunos do Curso de pedagogia da Universidade Regional do Cariri – URCA

2005

Mostra Sesc Cariri de Cultura. Instalação “Subindo pelas Paredes”. Realização: Serviço Social do Comércio - Sesc.

1997

Arte na Praça. Juazeiro do Norte. Realização: Associação dos Artistas e Amigos da Arte – AMAR.

Exposições Individuais:

2009

Exposição Ousadas. Realização: Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB. Junho/Sousa-PB

Exposição Aflordapele. Realização: Sesc. Maio/Juazeiro do Norte/CE 2009

2008

O que é Isso? Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Cariri. Agosto Juazeiro do Norte/CE

InfoMULHERES (instalação). Crato/CE. Semana da Mulher. Realização: Conselho Municipal dos Direitos da Mulher Cratense.

2007

Exposição infoMULHERES. Crato/CE. SESC

Artista Come ( instalação). Crato/CE. I Colóquio do IMAGO. Universidade Regional do Cariri - URCA

EmTRÂNSITO (instalação). Crato/CE. I Colóquio do IMAGO. Universidade Regional do Cariri – URCA.

2006

Caminhos Eróticos. Crato/CE Bar e Restaurante Flor de Piqui.

Publico X. Instalação/interativa Crato-CE. Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ensino da Arte – NEPEA/URCA.

2005

Exposição DESEJOS. Museu Histórico do Crato.

Exposição DESEJOS - Semana de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri – URCA.

Oficinas e minicursos ministrados:

Arte e Marxismo – Universidade Regional do Cariri – URCA;

Arte e Marxismo – Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Cariri;

O que é isso oficina de Percepção Visual. Sesc Crato;

O que é isso oficina de Percepção Visual. Universidade Regional do Cariri – URCA;

Recorte e Colagem - Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Cariri – CE;

Recorte e Colagem - Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Sousa –PB;

Recorte e Colagem - Universidade Regional do Cariri – URCA

Pintura em Cerâmica com reaproveitamento de peças quebradas – Cadeia Pública do Crato

A arte como apropriação da realidade – Projeto Nova Vida

A Linguagem das Intervenções Urbanas: Casos específicos do Cariri. Universidade Regional do Cariri – URCA;

Arte, espaço e vida: a questão das intervenções urbanas no Cariri. Universidade Regional do Cariri – URCA.

29/08/2009

Camaradas realizarão intervenções na Paraiíba

O XXIV ENECS pretende se reafirmar como espaço de reflexão de estudantes acerca dos problemas e questões que emergem da pauta política, social e cultural e deverá reunir mais de mil estudantes de todos os estados brasileiros.

Integrantes do Coletivo Camaradas realizarão intervenções artísticas durante o XXIII Encontro Nacional dos Estudantes de Ciências Sociais - ENECS que será realizado na Universidade Federal da Paraíba – UFPB, em João Pessoa, no período de 29 de agosto a 04 de setembro.
Michael Marques, Cicinha Andrade, Dayze Carla e Amanda Priscila, integrantes do Coletivo e acadêmicos do Curso de Ciências Sociais da URCA são os responsáveis pela ação na capital paraibana e realizarão intervenções que discutem o uso comercial das imagens do Padre Cícero e da Mulher, carimbaço divulgando a suposta realização da bienal da União Nacional dos Estudantes no Ceará em 2011, a qual um dos desafios dos artistas e estudantes que vem batalhando para que esse evento seja realizada pela primeira vez no Estado cearense.
A artista Amanda Priscila será responsável pela realização de uma oficina de stencil, dentro da programação oficial do evento.
O poeta Michael Marques destaca que a participação do Coletivo Camaradas, na fomentação de uma ação engajada e com perspectivas de mudanças sociais vem fortalece a identidade de atuação do grupo. Ele acrescenta que o ENECS é um dos mais importantes eventos acadêmicos do Brasil, por se tratar da construção de novos pensadores sobre a sociedade e futuros Sociólogos.

Para se ter idéia da dimensão do evento a Comissão Organizadora apresenta uma proposta de programação que incluem 112 (cento e doze) atividades do eixo acadêmico (Grupos de Trabalhos, Mesas-Redondas, Palestras, Mini-Cursos), 11 (onze) atividades do eixo político (Grupos de Discussões, Oficinas de Preparação do Ato Público, o Ato Público, Plenária Final) e 40 (quarenta) atividades do eixo artístico-cultural (Oficinas, Shows Musicais, Apresentações de Teatro e Dança, Mostra de Vídeos/Filmes, Artesanatos e entre outros) durante os sete dias de evento.



26/08/2009

Artista no Cariri propõe juntar palitos para pensar arte

Como a denominação “Cabeças Queimadas”, projeto desenvolverá experiência em Arte Processo com jovens da periferia do Crato. O inicio dos trabalho começará nesta terça-feira, dia 01 de setembro.

Juntar palitos de fósforos e depois colar de forma aleatória é o propósito do novo trabalho do artista e arte-educador, Alexandre Lucas.
O trabalho será desenvolvido na Comunidade do Gesso, com jovens do Projeto Nova Vida. Para o artista, a localidade tem um valor simbólico, tendo em vista, que no período da sua infância e adolescência residiu nas proximidades da antiga zona de prostituição do Crato.
Mais que juntar e colar palitos de fósforos, o artista pretende fazer um trabalho que na arte contemporânea recebe a denominação de “Arte Processo”. Neste caso, o percurso do processo artístico é mais importante do que o próprio resultado final. A proposta do trabalho reúne várias linguagens artísticas e da comunicação como registro fotográfico e audiovisual, vivências, produção de blogs, formação de rede de comunicação e produção textual. Lucas ressalta que a intenção é possibilitar que o cotidiano possa aproximar o grande público do fazer artístico. Ele destaca que o processo de fruição da arte acontecerá no próprio espaço familiar e cita que o simples ato de juntar palitos de fósforos acarreta um mudança de habito e uma discussão sobre arte. O resultado do trabalho deverá ser transformado em material didático.
A arte-educadora do Projeto Nova Vida, Elizangela Nepomuceno destaca que na “Arte Processo” é criada a possibilidade reflexiva e a instigação estética a partir dos cotidiano dos participantes. A arte-educadora acredita que esses trabalhos com palitos irá possibilitar novas formas de pensar a arte e o contexto social. Ela acrescenta que é importante fazer com que as pessoas se sintam parte da sociedade e da arte.
Edilânia Rodrigues, coreógrafa do Projeto Nova Vida destaca que esse tipo de ação é uma forma de possibilitar novos contatos e possibilidades de fazer arte. Para a coreógrafa isso possibilitar uma valorização dos alunos e ampliar o campo de conhecimento deles. Edilânia enfatiza que propostas em Arte Processo possibilitam uma metodologia de construção e de tomada de consciência em relação arte.

01/08/2009

Maracatu do Cariri participa de evento em São Paulo


A banda Sol na Macambira procura apoio para participar de evento em São Paulo. O Maracatu é o único do interior do Estado do Ceará e é desenvolvido dentro de entidade beneficente em Juazeiro do Norte.


A região do Cariri se destaca pela sua diversidade musical e vários artistas e grupos vem ganhando espaço no cenário nacional. O Maracatu Sol na Macambira, é o único grupo que trabalha com essa tipologia de música na região e participará agora no mês de agosto do Projeto “Viola, Causos e Crendices” na cidade de Votorantim, no Estado de São Paulo e fará apresentação também no Sesc de Sorocaba. O Maracatu Sol na Macambira é o único grupo musical do Estado que participará deste evento. Para o músico Jean Alex, coordenador do grupo e integrante do Coletivo Camaradas, esse evento demonstra o quanto a música produzida no interior do Ceará vem ganhando espaço no cenário nacional, além de confirmar a qualidade técnica da produção local.

Jean enfatiza que um dos principais desafios é conseguir apoio financeiro para garantir a participação de todos os integrantes do Maracatu no evento. Atualmente é composto por sete integrantes e mais duas pessoas na produção.
Os integrantes da banda participam e receberam influência direta da Orquestra Sesc de Rabeca Cego Oliveira, uma experiência pioneira desenvolvida pela instituição que tem a coordenação do artista, artesão e músico Francisco di Freitas Filho.


Violas, Causos e Crendices no cenário paulistano

Projeto Violas Causos e Crendices entreter, informar e preservar a rica tradição oral são características atribuídas às manifestações populares, como o ato de contar histórias, causos, contos de fadas e as famosas modas de violas. É acreditando no importante papel dessas narrativas que o Projeto “Violas, Causos e Crendices” preparou para este ano um calendário repleto de novidades.
Durante seis anos, pisaram no palco do projeto artistas de reconhecimento nacional e internacional, imbuídos na causa da preservação e reavivamento da literatura oral do nosso povo e da nossa terra.
Este ano de 2009, com o patrocínio da Votorantim Cimentos e Instituto Votorantim, por meio da Lei Rouanet do ministério da cultura, promoção da Prefeitura Municipal de Votorantim, apoio cultural do Instituto Conta Brasil, Nova Tropical FM e Grupo São João, realizaremos oito edições do Projeto, que traz novidades para toda a comunidade de Votorantim.
Os trinta e dois convidados a participar do projeto tecerão durante todo o ano um painel representativo das maiores e mais tradicionais manifestações populares. As atividades se desenvolverão nos bairros da cidade -‘Histórias na Calçada’ e atendendo jovens alunos do ensino médio da escola pública - ‘Histórias pras Escolas’. Celebrando a literatura oral como instrumento de educação, entretenimento e preservação da rica cultura do nosso povo e da nossa terra o espetáculo aberto ao público ‘Violas, Causos e Crendices’ encerra as atividades do mês. Todos os eventos têm entrada franca.
Temos um encontro marcado todo mês (dá uma espiadinha no calendário). Apareça para uma visita, um dedinho de prosa, um cafezinho... Chegue que a casa é sua.



Maracatu do Cariri é Sol na Macambira


A banda Sol na Macambira, único maracatu do interior do Estado do Ceará, nasceu no ano de 2005, na cidade de Juazeiro do Norte na região do Cariri-Ce, terra onde bebeu da fonte de suas inspirações musicais, por este a banda Sol na Macambira traz em suas canções toda a mistura da música nordestina, hora em um clima de essência Armorial e logo em seguida com o mais forte sotaque cabaçal. Além de estar fincada nas raízes carirenses a banda tem um propósito mais amplo musicalmente, esta faz de suas canções um instrumento de estudo, divulgação e critica à exploração do homem do sertão, por tal motivo não leva nas malas apenas o carimbo e o nome “Cariri”, e sim, a história de seu povo, suas crenças e toda a garra dessa gente.
Encharcado de regionalidade, esta por sua vez brinca de reisado, canta cirandas, recita poemas, conta histórias de seus antepassados e ainda trata de temas corriqueiros e atuais, muitas vezes abordados de maneira cômica e em outras vezes comovente.


Sua rítmica configura-se na fusão entre a música cabaçal o baião e as batidas de maracatu, ritmo que há pouco mais de meio século perdeu seu espaço no cotidiano da região, por este motivo além de seus objetivos profissionais, a Sol na Macambira assume a responsabilidade de levar tais manifestações de cunho afro brasileiro e indígena por onde passa, realizando a cada Show, debates, oficinas e mini cursos de percussão, construção e pratica instrumental. A base de tudo isso, não está apenas na influência ou na convivência com todos esses aspectos, mas também da necessidade de divulgação do nordeste Cariri, este relicário tão precioso e tão desconhecido por muitos.

Os instrumentos que compõem seu show não poderiam ser diferentes, pois encantam com os Pífanos, Rabecas e tambores, sempre ritmados pelas batidas do maracatu, pela levada das cirandas e pelo calor do baião. Atualmente trabalha na divulgação do seu repertório de músicas autorais através de shows e oficinas e participando de festivais de musica onde em 2006 teve uma das suas composições premiada na mostra SESC da música cearense, em 2008 no festival cariri da canção onde uma de suas canções (Oração de Sidha) fora selecionada entre as principais bandas da região do cariri e classificando-se junto a 10 outras bandas tais como Dr. Raiz e Liberdade e Raiz para a gravação de um DVD, em 2009 é convidada a participar do projeto Violas causos e crendices em Votorantin-SP, vai de encontro à gravação do seu primeiro CD, ministra oficinas na região e participa de projetos sociais no Lar Assistencial Francisco de Assis (LAFA) lugar onde nasceu e permanece ate hoje.



Contatos:
Jean Alex
(88) 96188882
(88) 88212644
email lexmcambira@hotmail.com

Maracatu do Cariri participa de evento em São Paulo


A banda Sol na Macambira procura apoio para participar de evento em São Paulo. O Maracatu é o único do interior do Estado do Ceará e é desenvolvido dentro de entidade beneficente em Juazeiro do Norte.


A região do Cariri se destaca pela sua diversidade musical e vários artistas e grupos vem ganhando espaço no cenário nacional. O Maracatu Sol na Macambira, é o único grupo que trabalha com essa tipologia de música na região e participará agora no mês de agosto do Projeto “Viola, Causos e Crendices” na cidade de Votorantim, no Estado de São Paulo e fará apresentação também no Sesc de Sorocaba. O Maracatu Sol na Macambira é o único grupo musical do Estado que participará deste evento. Para o músico Jean Alex, coordenador do grupo e integrante do Coletivo Camaradas, esse evento demonstra o quanto a música produzida no interior do Ceará vem ganhando espaço no cenário nacional, além de confirmar a qualidade técnica da produção local.

Jean enfatiza que um dos principais desafios é conseguir apoio financeiro para garantir a participação de todos os integrantes do Maracatu no evento. Atualmente é composto por sete integrantes e mais duas pessoas na produção.
Os integrantes da banda participam e receberam influência direta da Orquestra Sesc de Rabeca Cego Oliveira, uma experiência pioneira desenvolvida pela instituição que tem a coordenação do artista, artesão e músico Francisco di Freitas Filho.


Violas, Causos e Crendices no cenário paulistano

Projeto Violas Causos e Crendices entreter, informar e preservar a rica tradição oral são características atribuídas às manifestações populares, como o ato de contar histórias, causos, contos de fadas e as famosas modas de violas. É acreditando no importante papel dessas narrativas que o Projeto “Violas, Causos e Crendices” preparou para este ano um calendário repleto de novidades.
Durante seis anos, pisaram no palco do projeto artistas de reconhecimento nacional e internacional, imbuídos na causa da preservação e reavivamento da literatura oral do nosso povo e da nossa terra.
Este ano de 2009, com o patrocínio da Votorantim Cimentos e Instituto Votorantim, por meio da Lei Rouanet do ministério da cultura, promoção da Prefeitura Municipal de Votorantim, apoio cultural do Instituto Conta Brasil, Nova Tropical FM e Grupo São João, realizaremos oito edições do Projeto, que traz novidades para toda a comunidade de Votorantim.
Os trinta e dois convidados a participar do projeto tecerão durante todo o ano um painel representativo das maiores e mais tradicionais manifestações populares. As atividades se desenvolverão nos bairros da cidade -‘Histórias na Calçada’ e atendendo jovens alunos do ensino médio da escola pública - ‘Histórias pras Escolas’. Celebrando a literatura oral como instrumento de educação, entretenimento e preservação da rica cultura do nosso povo e da nossa terra o espetáculo aberto ao público ‘Violas, Causos e Crendices’ encerra as atividades do mês. Todos os eventos têm entrada franca.
Temos um encontro marcado todo mês (dá uma espiadinha no calendário). Apareça para uma visita, um dedinho de prosa, um cafezinho... Chegue que a casa é sua.



Maracatu do Cariri é Sol na Macambira


A banda Sol na Macambira, único maracatu do interior do Estado do Ceará, nasceu no ano de 2005, na cidade de Juazeiro do Norte na região do Cariri-Ce, terra onde bebeu da fonte de suas inspirações musicais, por este a banda Sol na Macambira traz em suas canções toda a mistura da música nordestina, hora em um clima de essência Armorial e logo em seguida com o mais forte sotaque cabaçal. Além de estar fincada nas raízes carirenses a banda tem um propósito mais amplo musicalmente, esta faz de suas canções um instrumento de estudo, divulgação e critica à exploração do homem do sertão, por tal motivo não leva nas malas apenas o carimbo e o nome “Cariri”, e sim, a história de seu povo, suas crenças e toda a garra dessa gente.
Encharcado de regionalidade, esta por sua vez brinca de reisado, canta cirandas, recita poemas, conta histórias de seus antepassados e ainda trata de temas corriqueiros e atuais, muitas vezes abordados de maneira cômica e em outras vezes comovente.


Sua rítmica configura-se na fusão entre a música cabaçal o baião e as batidas de maracatu, ritmo que há pouco mais de meio século perdeu seu espaço no cotidiano da região, por este motivo além de seus objetivos profissionais, a Sol na Macambira assume a responsabilidade de levar tais manifestações de cunho afro brasileiro e indígena por onde passa, realizando a cada Show, debates, oficinas e mini cursos de percussão, construção e pratica instrumental. A base de tudo isso, não está apenas na influência ou na convivência com todos esses aspectos, mas também da necessidade de divulgação do nordeste Cariri, este relicário tão precioso e tão desconhecido por muitos.

Os instrumentos que compõem seu show não poderiam ser diferentes, pois encantam com os Pífanos, Rabecas e tambores, sempre ritmados pelas batidas do maracatu, pela levada das cirandas e pelo calor do baião. Atualmente trabalha na divulgação do seu repertório de músicas autorais através de shows e oficinas e participando de festivais de musica onde em 2006 teve uma das suas composições premiada na mostra SESC da música cearense, em 2008 no festival cariri da canção onde uma de suas canções (Oração de Sidha) fora selecionada entre as principais bandas da região do cariri e classificando-se junto a 10 outras bandas tais como Dr. Raiz e Liberdade e Raiz para a gravação de um DVD, em 2009 é convidada a participar do projeto Violas causos e crendices em Votorantin-SP, vai de encontro à gravação do seu primeiro CD, ministra oficinas na região e participa de projetos sociais no Lar Assistencial Francisco de Assis (LAFA) lugar onde nasceu e permanece ate hoje.



Contatos:
Jean Alex
(88) 96188882
(88) 88212644
email lexmcambira@hotmail.com

29/06/2009

Assembléia do Coletivo Camaradas será no Gesso

O Coletivo Camaradas promove a Assembléia Geral tendo como pauta principal a discussão e aprovação de estatutos. O grupo discute arte, marxismo, ativismo, cultura, intervenções urbanas e políticas públicas.

Com o intuito de se aproximar e conhecer realidade social, o Coletivo Camaradas realizará Assembléia Geral neste sábado, dia 04 de julho, na sede do Projeto Nova Vida, na Comunidade do Gesso, no Crato, a partir das 14 horas. O intuito da Assembléia é garantir os procedimentos legais para inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

A Comunidade do Gesso é um local simbólico para o Coletivo Camaradas, tendo em vista que foi nesta comunidade que esse grupo conseguiu fazer um trabalho consistente que possibilitou realização de oficinas, intervenções, registro fotográfico, produção de documentário, cartões postais, livretos e de uma exposição no Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Cariri.

Para a cantora Maria Gomes, integrante do Coletivo, a intenção é favorecer o dialogo com o grande público. Ela destaca que a escolha do local para a Assembléia do Coletivo visa fortalecer essa integração com a comunidade.

Rebecca Sedrim, também integrante do Coletivo e acadêmica de Psicologia ressalta que o coletivo visa construir um novo conceito de arte juntamente com a sociedade. Ela destaca que é preciso consolidar o coletivo e formar novas pessoas que acreditam no poder transformador da cultura. Rebecca frisa que a arte não precisa estar relacionada as elites e que deve estar próxima do grande público.

Documentário "Cabaré" será exibido na comunidade
Logo após a Assembléia, a partir das 18h30, será exibido ao ar livre, o documentário: “Cabaré – Memórias de uma vida”. O documentário faz um resgate histórico da Comunidade do Gesso, antiga zona de prostituição que por décadas foi excluída das políticas públicas do Município. Para Alexandre Lucas que dirigiu o documentário apresentar-lo à comunidade é possibilitar que as pessoas se sintam parte do processo deste registro. Ele frisa que o grupo está interessado em fazer arte com o povo e para o povo. “Não queremos fazer uma arte para os artistas, mas para as pessoas que não tem acesso ao processo de fruição da arte”, conclui.


Um pouco da História
O Coletivo foi criado no final de 2007, com o objetivo de discutir arte numa perspectiva marxista. Neste curto período realizou e participou de diversas atividades, tanto na região do Cariri, como nacionalmente. Destacando-se a realização da Mostra desUSA de Artes Visuais, a luta contra exclusão dos artistas na Expocrato, a Exposição Ninho com trabalhos de presidiários da Cadeia Pública do Crato, a participação na Mostra Baiana Arte e Guerrilha, no Encontro Nacional dos Pontos de Cultura em Brasília, integrou a programação da Bienal da UNE em Salvador, participou do Movimento da Parada Gay em Juazeiro do Norte e da Semana da Mulher no Crato e realizou trabalho registro audiovisual e fotográfico na comunidade do Gesso, antiga zona de prostituição da cidade do Crato que resultou na produção do documentário e da exposição no Centro Cultural do Banco do Nordeste “Cabaré – Memórias de uma vida” e atualmente trabalha na produção de um novo documentário que tratará sobre “A festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio” e elabora o Projeto “Coletivo na Periferia”. O Coletivo também mantém o blog: http://www.coletivocamaradas.blogspot.com/ que funciona como espaço aberto para divulgação de textos,eventos e trabalhos ligadas a arte e a cultura, pessoas que não são do grupo podem ser colaboradores do blog.

07/06/2009

Interação marca abertura da exposição "Ousadas" na Paraíba

Uma arte que o público é participante é uma das caracteristicas do trabalho do artista Alexandre Lucas
A abertura da exposição “Ousadas” do artista visual e integrante do Coletivo Camaradas Alexandre Lucas realizada no ultimo sábado (06), no Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB de Sousa, no Estado da Paraíba foi marcada pela participação e interação do público. Como é comum nos trabalhos realizados pelo artista, o publico é instigado a fazer parte da obra. Alexandre Lucas enfatiza que tem uma preocupação de propiciar a interação entre obra e público, pois acredita que é preciso quebrar a barreira existente entre a arte,o artista e o publico. “A arte tem um caráter democrático quando o público pode se sentir parte dela”, ressalta Lucas.

A exposição Ousadas reúne fragmentos de texto do movimento feminista e 24 infogravuras no tamanho 60cm x 80cm. Infogravuras são imagens produzidas ou modificadas a partir do uso do computador. O exposição tem um caráter político e visa fazer um reflexão sobre o papel da mulher na contemporaneidade e evidenciar a importância da luta do movimento feminista enquanto instrumento de emancipação humana. O público poderá interagir na exposição através da colocação de frases e desenhos até o final de junho período em que se encerra.

A intenção do artista é propiciar que esse trabalho possa circular dentro da rede formada pelo movimento feminista, através da União Brasileira de Mulheres – UBM.

02/06/2009

"Ousadas” será exposta no CCBN de Sousa


A exposição propõe lançar ao público a reflexão sobre os espaços que a mulher vem ocupando na contemporaneidade mesmo com a presença forte do machismo e a banalização da imagem feminina.




Por Sarah Menezes

“Ousadas”, exposição do artista plástico Alexandre Lucas, estará no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBN) de Sousa, na Paraíba, a partir do dia 6 de junho às 19h00. A proposta do artista, com esse novo trabalho, é tentar mostrar um olhar sobre a emancipação feminina.

A exposição é composta por uma coletânea de 24 infogravuras de mulheres trabalhadoras do convívio do artista no tamanho 80cm X 60cm, em papel fotográfico, produzidas com os programas Word e Paint. Foi usada a técnica de descoloração, recortes, junções e recolorações nas fotos digitalizadas que evidenciam características que apontam um universo marcado pela luta emancipacionista e dilemas da contemporaneidade feminina.

Também será exposta uma coluna que contém fragmentos de textos do movimento feminista sobre as torturas do período da Ditadura Militar, lutas, conquistas e a poesia feminina engajada.

Como a maioria das obras de Alexandre Lucas, o público poderá interagir com o trabalho complementando a frase “Quem ousa...”, que deverá ficar em uma das paredes centrais da Galeria. Segundo ele, o intuito é fazer com que o público participe e que possa se sentir parte do trabalho.


“‘Ousadas’ é um convite à reflexão sobre o papel da mulher proletária numa sociedade dividida em classes sociais antagônicas e machistas. Mesmo as mulheres ocupando os recintos de decisão do poder e da economia do país, ainda permanecem vivos resquícios do machismo, violência contra a mulher e a concepção de que lugar de mulher é na cama e no fogão”, concluiu o artista.

20/05/2009

Diversidade e participação marcam lançamento do CUCA

A criação do Cuca é um fato histórico no Cariri. Depois de oito anos de tentativas é lançado o primeiro CUCA da UNE no Ceará, vinculada ao Instituto CUCA. A Programçao tem continuidade até sexta-feira,dia 22.

A Escola de Cultura Berimabarte de Capoeira deu uma aula de história e cultura no lançamento do CUCA Cariri, nesta ultima quarta-feira, dia 20, no Salão de Atos da URCA. Logo em seguida o resgate histórico da luta dos artistas e estudantes do Cariri, a diversidade cultural e a necessidade de parcerias marcaram os discursos da mesa de abertura, composta por Maércio Lopes, presidente da Academia dos Cordelistas do Crato; professora Maria Isa Pinheiro Cardoso Gonçalves, pró-reitora adjunto de Extensão da URCA; Jéferson Luiz, diretor nacional da Nação Hip-Hop Brasil e Secretário da Cultura de Potengi; Alexandre Lucas, representante do Coletivo Camaradas, Anastácio Braga, gerente executivo do Centro Cultural do Banco do Nordeste; Zenaide Leandro, acadêmica de Administração da UVA, Jéssica Sampaio, acadêmica do curso de Teatro da URCA; Rudiney Souza, diretor da União Nacional dos Estudantes – UNE e Jean Alex de Alencar , coordenador do CUCA Cariri.
Para o coordenador do CUCA Cariri, Jean Alex “uma das questões de grande importância é que as universidades compreendam que a cultura é um bem de todos e que a região possui uma diversidade de manifestações e deve fortalecer a pesquisa, o registro e a valorização dos mestres e artistas populares ou eruditos através de ações pontuais guiadas por compromissos éticos e sociais”.
A professora e Cordelista Salete Maria produziu um cordel para homenagear o lançamento do CUCA intitulado “Oração ao CUCA e à cultura Cariri” que pode ser lido no blog: http://www.cucacariri.blogspot.com/.
A Coordenadora dos Pontos de Cultura da Unidade Gestora do Mais Cultura/Ceará, Norma Paula enviou carta saudando o lançamento do CUCA em que afirma “Acredito que o CUCA CARIRI contribuirá através da cultura, para a construção e execução, de uma política que estimule a formação de novos talentos no campo das artes, que preserve a memória do povo caririense através da identificação, da realização de eventos e formação de grupos locais, que fomente a discussão sobre a democratização dos meios de produção”. Ela se coloca a disposição inteira disposição, juntamente com os Pontos de Cultura do Ceará, para tornar o CUCA CARIRI um grande sucesso.


De “igual para igual” foi a mesa-redonda Cultura do Povo

Esse foi o clima que marcou a mesa-redonda “Cultura do Povo – Patrimônio de uma identidade” composta pelos mestres Pekeno, da Escola de Cultura Berimbalarte de Capoeira; mestre Antonio Luiz, do Reisado de Caretas do Sassaré – Potengi, Mestre Cirilo do Maneiro Pau da Bela Vista – Crato, Anastácio Braga, Gerente Executivo do CCBNB, João do Crato, cantor e militante dos movimentos sociais e o músico e compositor Abidoral Jamacaru. Num clima descontraído o publico escutou com dedicação as palavras sábias dos mestres, dos artistas e do gestor. A intenção da mesa foi oportunizar aos mestres que tivessem a possibilidade de dialogo com o público sobre os seus fazeres e manifestações, tendo em vista, que na maioria das vezes o tema “cultura do povo” é discutido sem a presença dos mestres e em alguns casos são chamados apenas para apresentações. Para Rebecca Sedrim, integrante do CUCA Cariri, os artistas populares devem ser escutados e propiciados momentos constantes de aproximação com o público, visando aproximar o povo da arte e da suas identidades culturais.


“Quero participar ativamente do CUCA”

Essas foram às palavras da acadêmica do Curso de Teatro da URCA, Jéssica Sampaio que animou os integrantes do CUCA. Ela ressaltou a importância de criação do CUCA Cariri e frisou também que a arte é mesclada de pratica e conhecimento, referindo-se a importância do estudo acadêmico para compreensão da arte e se colocou a disposição para construir e expandir o Centro Universitário e disse que é importante o envolvimento dos universitários.


Criação participativa







Estudantes e artistas criaram um painel onde puderam expressar a sua opinião em relação ao CUCA. Uma ação simples mas capaz de motivar a interação dos participantes e tornar-los parte do processo.










19/05/2009

ORAÇÃO AO CUCA E À CULTURA CARIRI

Por Salete Maria

Minha lira nordestina
Meu Santo Jorge guerreiro
Minha nebulosa sina
Tiete de cancioneiro
Menestréis inspiradores
Trovadores, glosadores
Sirvam-me de candeeiro!

Ave Maria Bonita!
Ave Maria José!
Ave quem não acredita!
Ave quem tem muita fé!
Ave tu e ave eu!
Ave o que Deus me deu!
Ave home, ave muié!

Faço esta invocação
Nesta data especial
Suplicando inspiração
Pro meu verso marginal:
Grandes vates do além
Concedam a mim também
O talento original!

O CUCA enquanto espaço
Da ‘Cultura-Cariri’
Ensaia o primeiro passo
Nesta ‘matriz do pequi’
Que venha para ajudar
O povo compartilhar
O que se faz por aqui!

Que una as diversas artes
Saberes e produção
Das mais variadas partes
Deste bendito torrão
Que leve ‘universidade’
A toda vila e cidade
Por meio da interação!

E que resgate a memória
Da gente deste lugar
E valorize a história
Das falas ditas por cá
Em verso, prosa e canção
Repente, coro e oração
Que todos possam brilhar!

Que seja um espaço aberto
Para o mestre da cultura
Que dele fique mais perto
O Doutor em literatura
Que dança e dramaturgia
Show, teatro e romaria
Tenham presença segura!

Que o cantador de viola
Abrace o cineasta
Que o jogador de bola
Encontre com a ginasta
E que o audiovisual
Em tela fenomenal
Ensine: ninguém se basta!

Que nossa xilogravura
Seja mais valorizada
Que nas rodas de leitura
Esteja a ‘Patativada’:
Reisado, côco e lapinha
Broa, filhós e farinha
Tenham presença marcada!

Que haja muita fartura
Nas mesas de discussão
Regada a rapadura
E a muita disposição
Pra tudo ser debatido
Refletido, construído
Por várias vozes e mãos!

Que todo cabra da peste
Sendo nativo ou romeiro
Do litoral ao agreste
Camarada ou paricero
Possa vir nos visitar
Mode socializar
Um outside manêro!

E que cada lavadeira
E cada intelectual
Desmantelem as fronteiras
Que tanto nos fazem mal
Que cada doido ou minino
A cada bater do sinal
Anuncie o carnaval!

Que tudo quanto exista
Jamais seja ignorado
Que todo ponto de vista
Possa ser considerado
Que cada bode ou suíno
Sendo ou não nordestino
Seja por nós respeitado!

Que tudo que é estudante
De nível ‘superior’
Se converta em amante
Ou mesmo em pesquisador
Das coisas da Região
Onde jaz o coração
Que Violeta plantou!

Que todos possam curtir
O intercâmbio de cores
E que depois de ouvir
Os variados louvores
Uma voz se faça ouvir:
VIVA O CUCA, CARIRI
Terra de bons sonhadores!

Companhia de Dança que se apresentou na Alemanha faz apresentação na URCA

Vid`Art encerrará atividades do Lançamento do CUCA Cariri nesta sexta-feira, dia 22.
Criada em 2004, a Companhia de Dança Vid`Art desenvolve um trabalho de dança numa perspectiva de inclusão social e afirmação de identidade cultural. A Companhia que já fez espetáculo na Alemanha, em 2005, por conta do Encontro Mundial de Jovens, encerrará nesta sexta-feira, dia 22, as atividades de lançamento do primeiro Centro Universitário de Cultura e Arte do Estado do Ceará – CUCA Cariri, a partir das 19 horas, no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri – URCA. Além do Vid`Art terá performance poética Vanuzia Tavares.


Atualmente a companhia é formada por 16 adolescentes entre meninos e meninas e tem a direção da coreógrafa, Edilânia Rodrigues. A qual foi responsável pelo trabalho coreográfico apresentado na Europa. Para a professora e coreógrafa, a proposta desenvolvida pelo Vid´Art é efetivada dentro de uma critica social objetivando uma conscientização e sensibilização da sociedade. Edilânia acrescenta que na URCA serão apresentados cinco quadros que retratam aspectos da nacionalidade, etnicidade africana, critica social, pluralidade cultural e meio ambiente.
A Cia de dança vid’art faz parte de um dos programas desenvolvidos pelo Projeto Nova Vida da cidade do Crato, na localidade do Gesso, antiga zona de prostituição que por muitos anos foi excluída das políticas públicas do Município.
Além do grupo de dança, o Projeto Nova Vida desenvolve atividades na área de teatro, artesanato, artes visuais, capoeira e cursos profissionalizantes.

Serviço:
Projeto Nova Vida
Coordenador do Projeto:
Hermano José de Sousa
E-mail: hermanojosedesousa@yahoo.com.br
Coreógrafa:
Edilânia Rodrigues
E-mail: edycoreografa@hotmail.com

Fracoi Fernandes será um dos destaques do CUCA Cariri

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Lágrimas no Papel tem emocionado o público com a interpretação comovente de Francoi Fernandes. A peça será apresentada no dia 21, às 18h30min, no Salão de Atos da URCA.

O período nefasto da ditadura militar é resgatado no monólogo “Lagrimas no Papel” de autoria e direção do dramaturgo Cacá Araújo. A peça é encenada pela atriz Françoi Fernandes e será um dos destaques das ações de lançamento do CUCA Cariri.
Inserindo-se no formato político do “teatro engajado”, o monólogo “Lágrimas no Papel”, baseado na história de Helenira Resende, comunista e líder estudantil assassinada pela repressão militar na região do Araguaia, durante a guerrilha em 1972, tem o objetivo de contribuir no debate acerca da Ditadura Militar e foi encenado na proposta de interpretação realista-naturalista.
A peça será apresentada no dia 21, às 18h30min, no Salão de Atos da URCA.
Francoi Fernandes é uma das atrizes que vem sendo reconhecida nos espaços do teatro caririense seja no palco ou nas ruas.
Com uma trajetória iniciada em 2004, atriz começou seus trabalhos teatrais nas experiências do teatro escola da EEFM Polivante em Juazeiro do Norte, tendo se inserindo depois no Núcleo de Estudos Teatrais do Sesc e participado dos grupos de Teatro Fênix e do GRUTEURCA. Atualmente Francoi cursa o terceiro semestre do Curso de Teatro da URCA.
Para a atriz interpretar a mãe da guerrilheira e líder estudantil Helenira Resende é resgatar a história do povo brasileiro que tenta ser escondida. Ela ressalta que se sente como um instrumento de resgate da luta política e da realidade. Françoi lembra que “Lágrimas no Papel” conta uma história que não deve voltar e reconhece o papel da mulher e líder política que se embrenhou nas matas do Araguaia para defender a liberdade e a justiça social. “Helenira foi uma guerreira, uma heroína que deve ser lembrada”, ressalta a atriz.
Em relação ao Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA Cariri, ela enfatiza que o CUCA é uma mais que uma oportunidade para as universidades e o Cariri e frisa que é uma necessidade. Francoi destaca que é preciso se fazer presente nas ações e na construção do CUCA.

Sinopse:
Uma senhora solitária transita pela saudade, angústia, dor, revolta, temor. Sua filha Helena, líder estudantil e guerrilheira, fora lutar nas selvas do Araguaia contra a ditadura militar que se instaurara no Brasil.
Na companhia de um álbum de fotografias, saboreia lembranças profundas e transita para a realidade que se insinua cruel. Notícias dão conta da morte da filha, mas uma doce insanidade alimenta a esperança de vê-la retornar. Fraca e doente, escreve a última carta para a filha, borrada pelas lágrimas derramadas.

Resgate Histórico
A Guerrilha do Araguaia, organizada pelo PCdoB, que durou de 1972 a 1975, é uma das mais belas e heróicas páginas da história do Brasil. Jovens ousaram se insurgir contra a ditadura militar, regime de submissão ao imperialismo norte-americano e de opressão violenta contra o povo, tolhendo-lhe a liberdade e os direitos fundamentais.
Guerrilha do Araguaia - a mais extensa e prolongada obra de resistência ao regime militar - completou 30 anos no dia 12 de abril de 2009. Uma avaliação do período é inevitavelmente rica. Em mais de três décadas, essa epopéia histórica do povo brasileiro foi indexada em milhares de páginas por inúmeras reportagens, estudos, pesquisas e, a cada ano, novas revelações incrementam a curiosidade persistente em torno do tema. É a derrota mais profunda da história oficial, que, nos 507 anos da formação do nosso povo, tratou de obscurecer incontáveis lutas, menosprezadas como episódios sem significação que firmariam a passividade como conceito diante da tirania e da desigualdade. Outras lutas memoráveis levaram muito mais tempo para que se conhecesse, ainda que parcialmente, a verdade dos fatos.
Ainda no início deste novo século, os arquivos acerca dessa guerra secreta permanecem vedados ao domínio público, mas hoje já é possível uma avaliação panorâmica dessa fase da nossa História, que se encadeia a muitas outras lutas do nosso povo, entre as quais se incluem episódios memoráveis como a Cabanagem, Guararapes, Canudos, Contestado, Revolta da Chibata, Quilombo dos Palmares, Revolução dos Alfaiates, o Levante de 1935 e, atualmente, os movimento que lutam por terra.

Ficha Técnica:
Texto e Direção: Cacá Araújo
Cenografia: Cacá Araújo e Gabriela Melo
Sonoplastia e Iluminação: Cacá Araújo
Figurino e Maquiagem: Joênio Alves
Operadora de Som: Mariana Nunes
Operadora de Luz: Andecieli Martins
Guarda-Roupa: Luciana Ferreira
Pesquisa Histórica: Viviane Maria Pereira de Carvalho, Sinara Rates, Glaíse Cristina Feijó, Socorro Amaral, Maria Willianes Vidal, Jucinéia Tavares da Silva, Amanda Séfora Sampaio, Maria Aparecida Santana.

Capoeira Berimbalarte abre lançamento do CUCA Cariri


Nesta quarta-feira, dia 20, às 8h00mim, o Grupo faz a abertura do lançamento do CUCA Cariri.

História, arte, etnicidade, música, cultura, resistência, dança e inclusão social são características dos grupos de capoeira. O Cariri aglutina e faz florescer diversos grupos e estilos desta junção de dança e luta, e para abrir o lançamento do primeiro Centro Universitário de Cultura e Arte do Estado do Ceará – CUCA, a Escola de Cultura Berimbalarte Capoeira se apresentará nesta quarta-feira, dia 20, a partir das 8h00min, no Pátio no Salão Terra da URCA.
Criado há cerca de oito anos na região do Cariri, o Berimbalarte atua nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte e congrega 320 capoeiristas entre crianças e adolescentes. Além do estilo de capoeira Regional, são trabalhados outros aspectos como história e danças de matriz africana. O professor Antônio Laércio da Silva Oliveira “Mestre Pekeno” idealizador da escola ressalta que um dos diferenciais do grupo é ter uma metodologia de ensino voltada para educação e acrescenta que esse trabalho visa possibilitar o conhecimento da história tanto da capoeira como da afrodescendência. Ele ressalta que a capoeira desempenha papel importante na preparação do ser humano e no processo de inclusão e resgate social.

O Berimbalarte é desenvolvido em Juazeiro nos bairros Salesiano, Tiradentes, Novo Juazeiro, Pio XII e sítio São José, no Ginásio Poliesportivo, na RL Academia e no Crato no Projeto Nova Vida. De acordo com Mestre Pekeno a intenção do grupo é atuar também junto aos movimentos sociais e em especial ao Movimento Negro. Recentemente o grupo participou da Conferência Regional para Promoção da Igualdade Racial, realizada no Crato.


Outro Projeto interessante de Capoeira

Uma iniciativa similar é desenvolvida pelo grupo Terreiro Capoeira no Crato. O grupo já tem 30 anos que foi fundado no Brasil pelo Mestre Esquisito e tem um trabalho que visa desenvolver projetos sociais e educacionais.


Para o coordenador do Projeto Capoeira Cariri, desenvolvido pelo grupo, Osrimidio Duarte, capoeirista e acadêmico do Curso de Artes Visuais da URCA, um dos focos principais é possibilitar o dialogo com os demais capoeiristas da região, além de trabalhar nas áreas em situação de risco social e difundir a história da capoeira. Ele destaca que o Capoeira e Tradição também “joga na roda” dos grupos Arte e Tradição e Berimbalarte. As atividades do Capoeira e Tradição são desenvolvidas na Sociedade Lírica do Belmonte, na cidade do Crato.

No Brasil
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.
Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.
Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.


13/05/2009

Arte e Cultura dentro e fora das universidades do Cariri

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Mesa redonda sobre “Cultura do povo – Patrimônio de uma Identidade” abrirá o lançamento do CUCA Cariri no dia 20 de maio. A mesa terá como debatedores os Mestres Cirilo, Antonio Luiz, Pekeno, Mestra Edite Dias, o músico e compositor Abidoral Jamacaru e o gerente executivo do Centro Cultural do Banco do Nordeste, Anastácio Braga.

O primeiro Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA do Estado do Ceará será efetivado na região do Cariri, depois de vários anos e diversas tentativas o CUCA será uma realidade para artistas e acadêmicos da Região. O Cuca Cariri fará parte de uma rede nacional ligados ao Instituto CUCA, que atualmente é um Pontão de Cultura do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura.
Os CUCA´s tem como objetivo desenvolver atividades dentro e foras das instituições universitários possibilitando a interação e o intercâmbio entre as culturas, manifestações e produções artísticas acadêmicas e não acadêmicas. Outro fator importante dos CUCA´s é o registro da memória social através da linguagem do audiovisual, uma das ferramentas usadas pelos CUCA´s para fazer circular as produção de cada Centro. Através do blog: http://www.cucadaune.blogspot.com/ é possível assistir a TV CUCA, aonde são disponibilizados vários vídeos e documentários do Instituto.
Como ocorre nacionalmente, o CUCA Cariri será constituído por artistas e estudantes universitários de várias universidades da região e terá um caráter inclusivo e de ações colaborativas, não sendo, portanto uma entidade de representação, mas funciona como um coletivo. O Cuca Cariri realiza parceria com a Universidade Regional do Cariri – URCA, através da Pró-Reitoria de Extensão que irá garantir as condições de funcionamento dentro da instituição. Entretanto, o CUCA não tem vinculação com nenhuma das universidades ou faculdades da região, tendo ligação direta com o Instituto CUCA. Podem participar do CUCA, como parceiros e integrantes, grupos de artes, coletivos de artistas, produtores culturais, pesquisadores e demais interessados.
No país, os CUCA´s estão espalhados em 15 estados e desenvolvem atividades na área de arte e cultura em parceria com movimentos sociais, grupos de artistas, ONGs e instituições públicas.
Para o integrante do CUCA Cariri, o músico Jean Alex (foto), conseguir trazer o CUCA para região é uma conquista que pode favorecer e fazer circular a produção local. Ele enfatiza que o momento é de construção e que todos podem construir ações em parceria com o CUCA, independente de serem estudantes ou não. “Precisamos conhecer e se integrar aos acontecimentos artísticos e culturais do Cariri”, conclui.
A Pró-reitora de Extensão da URCA, Arlene Pessoa ressalta que a instituição tem tudo a ver com o CUCA pela diversidade de graduações ofertadas pela instituição e frisa o caso de algumas terem ligação diretamente com as artes, como é caso dos cursos de Teatro e Artes Visuais. “Acredito que essa parceria será importante para os movimentos das artes na Região”, frisa a Pro - Reitora.
A atriz Lílian Carvalho (foto) diz que esse será um espaço para promoção da Arte e favorecimento da efervescência cultural. “Arte é antes de tudo participação e esse é o convite do CUCA”, esclarece a atriz.
Durante o Congresso da UNE que será realizado em Brasília, no mês de julho deverá ocorrer mais Seminário Nacional dos CUCAS. Os seminários são momentos ricos para intercâmbio entre os Centros. O ultimo foi realizado em Janeiro em Salvador e contou com a participação dos Integrantes do Coletivo Camaradas que fazem parte do PIA, do Instituto CUCA.


Produção Universitária no Cariri
Na região do Cariri já vem sendo desenvolvidas atividades similares, como é o caso do Núcleo de Cultura e Grupo de Teatro da Faculdade Leão Sampaio, O grupo Medicina e Arte da Faculdade de Medicina de Juazeiro do Norte, O Grupo de Teatro dos Estudantes – Gruteurca e o Movimento Artístico Universitário – Mau, ambos da URCA ( desativados) e o grupo de Pesquisa Imago que trabalha com audiovisual. Outra experiência bem sucedida foi a circulação do “Informativo O Berro”. O Coletivo Camaradas também é um dos movimentos presentes no meio universitário caririense.
Desde que foi a realizada a primeira Bienal da UNE, 1999 os estudantes do Cariri vem participando do evento, tanto com trabalhos artísticos como acadêmicos. Na terceira Bienal da UNE, os Irmãos Aniceto se apresentaram em Olinda e na sexta edição “Abanda” grupo musical ligado a Casa Grande de Nova Olinda fizeram brilhante apresentação em Salvador. Acreditar-se que a tendência é um crescimento mais constante destas ações, tendo vista os cursos de Artes Visuais e Teatro da URCA e os possíveis cursos de graduação na área, que deverão surgir com a ampliação da Universidade Federal do Ceará - UFC, no Cariri.
Para o diretor da UNE no Ceará, Rudiney de Souza não é por acaso que o primeiro CUCA seja no Cariri e destaca a atuação do Coletivo Camaradas no Estado Ceará e a participação deste grupo no Programa de Interferência Ambiental – PIA, ligado ao Instituto CUCA, fator que contribuiu para efetivação Centro Universitário na Região.


Programação do CUCA
O lançamento do CUCA Cariri será no período de 20 a 22 de maio, na URCA e contará com oficinas, intervenção, roda da conversa, mostra de vídeo, peças teatrais, espetáculos de dança e performance poética e será em conjunto com a Semana dos Calouros da URCA promovida pelos estudantes e a Pró-Reitora de Assuntos Estudantis – PROAE.


Programação:


20/05 (QUARTA-FEIRA)
Manhã:
08h00min – Abertura
Apresentação da Escola Cultural Berimbalarte Capoeira
Local: Pátio da Pedagogia
08h30min – Composição de Mesa
Local: Salão de Atos
09h30min às 11h30min – Mesa Redonda: Cultura do Povo – Patrimônio de uma identidade
Tarde:
13h30min as 17h30m
Oficina: RPG – A socialização a partir do brincar
Ministrante: Marcos Severiano – Coletivo Camaradas
16h00min as 18h00min
Roda de Conversa: Música, filosofia e Arte
Ministrante: Rebeca Sedrim CUCA Cariri
Noite:
19h00min
Apresentação da Orquestra de Rabeca – Cego Oliveira
19h30min às 21h00min
Mesa Redonda:
Educação Popular,Cultura e Sociedade

21/05 (QUINTA-FEIRA)
Manhã:
09h00min
Mostra de Vídeo
Local: Sala de Vídeo – Campus Pimenta URCA/URCA
Tarde:
14h00min as 18h00min
Campus Pimenta
Oficina: Ator Social
Ministrante: Lílian Carvalho – Coletivo Camaradas
Oficina: Dinâmica com educadores
Ministrantes: Alunos do curso de Pedagogia
Oficina: Historia e Filosofia da Ciência na Física
Ministrantes: Ana Izabela,Elias de Sousa e André Fabio Gonçalves
Campus Crajubar
Oficina: RPG – A socialização a partir do brincar
Ministrante: Marcos Severiano – Coletivo Camaradas
17h00min Crato
Intervenção Corpo e corporeidade
Líllian Carvalho
Local: – Praça Alexandre Arraes - Crato
Noite:
18h30mim
Espetáculo Lagrimas no papel
Texto e Direção Cacá Araujo
Atriz: François Fernandes (Estudante do Curso de Teatro da URCA)
Local: Salão de Atos - URCA

22/05 (SEXTA-FEIRA)
Manhã
09h00min as 11h00min Mostra de vídeo
Sala de vídeo Urca
Tarde:
14h00min às 17h00min
Mostra de Vídeo
Sala de vídeo Urca
Noite:
19h00min
Espetáculo Vidarte – Dança
Espetáculos de dança do Projeto Nova Vida
Performance Poética Vanuzia Tavares
Local: Salão de Atos

Serviço:
CUCA Cariri
Lílian Carvalho (88) 88217970
Jean Alex (88) 96188882
Alexandre Lucas (88) 92485255
Bruna (88) 96083731

04/05/2009

Boal Vive


A União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) manifestam seu pesar e consternação pela morte de Augusto Boal, teatrólogo, professor, escritor, militante político, dramaturgo e diretor teatral, uma das personalidades mais importantes e politicamente consequentes do teatro e da cultura brasileira.


Boal nos ensinou que o teatro pode ser uma poderosa ferramenta para a transformação social e pela luta em prol dos direitos do povo, dos trabalhadores, da juventude, dos estudantes e de todos aqueles em situação de exploração e opressão. Esteve presente em momentos fundamentais da história e da vida cultural brasileira: foi diretor e coordenador do seminário de dramaturgia do Teatro de Arena, colaborou na criação do Centro Popular de Cultura (CPC) da UNE, foi preso, torturado e exilado pela ditadura militar. De volta ao Brasil na década de 80, já consagrado internacionalmente pela criação do método de Teatro do Oprimido, participou das lutas pela redemocratização do país e em 1992 foi eleito vereador no Rio de Janeiro pelo PT. Como parlamentar, Augusto Boal criou o Teatro Legislativo, que através do seu método de teatro-fórum promovia a participação popular na elaboração de leis e na discussão dos direitos sociais. Através do Centro de Teatro do Oprimido (CTO) Boal estava formando centenas de multiplicadores das técnicas do Teatro do Oprimido em pontos de cultura de todo o país. Em diversos estados, a rede de pontos de cultura do CUCA da UNE trabalha com multiplicadores do Teatro do Oprimido.

Boal sempre atendeu ao chamado dos movimentos sociais, tendo participado de diversas atividades da UNE, e desenvolvido seu trabalho junto ao MST, sindicatos e organizações da sociedade civil no Brasil e no mundo. O Teatro do Oprimido está presente em mais de 60 países, a maior parte deles na Africa, Ásia e América Latina. Este ano, no dia 27 de março, Boal recebeu o título de embaixador mundial do teatro pela UNESCO.

A luta e o trabalho de Augusto Boal seguirão vivos e presentes na luta dos estudantes e do povo brasileiro, no caminho da libertação dos explorados e oprimidos de todo o mundo. Como ele mesmo dizia: "Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida. Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!"
Boal vive!

Lúcia Stumpf
Presidente da UNE

Alexandre Santini
Coordenador Geral do CUCA

23/04/2009

Comissão do CUCA Cariri traça rumos para inauguração em maio


A inauguração do Centro Universitário de Cultura e Arte - CUCA Cariri será nos dias 20 a 22 de maio e pretende movimentar diversas atividades nas universidades e faculdades da região. Dentre atividades previstas estão intervenções urbanas, oficinas, rodas de conversa, mesa-redonda, exibição de documentário e de peça teatral. Um dos
objetivos é possibilitar um dialogo permanente com os mestres da cultura popular e as manifestações realizadas fora das instituições universitárias, num processo de interação artística e cultural.
A comissão responsável pelo CUCA Cariri é composta por Alexandre Lucas, Bruna Gomes Dantas, Dayze Carla Vida da Silva, Fatinha Gomes, Jean Alex Alencar, Jéssica Bezerra, Lílian Carvalho, Rebecca Pinheiro Sidrim.
A Banda Sol na Macambira e Fatinha Gomes serão umas atrações musicais da inauguração do CUCA. O diretor estadual da UNE, Rudiney Sousa já confirmou presença no evento. É possível que representantes do Instituto CUCA estejam presente na região e produzam documentário para circular a nível nacional, através da TV CUCA e outras canais. No entanto, estão dependendo de viabilidade financeira.
Atualmente os Cucas estão espalhados em diversos estados brasileiros e no Ceará a região do Cariri será a primeira a implantar o CUCA. Podem participar das ações da organização universitários e não universitários, como os artistas, coletivos, grupos de teatro, dança e das manifestações populares, cineastas e poetas. Neste sentido, o
CUCA Cariri é patrimônio do região, não pertencendo a nenhuma universidade ou sendo entidade de representação. O CUCA tem um caráter aberto a participação daqueles que queira desenvolver alguma atividade dentro ou fora das instituições universitárias. Para a Rebecca Sedrim, uma das responsáveis pela Comunicação do CUCA Cariri, é importante para a região união da cultura popular e a erudita, bem como a participação dos universitários e da comunidade. Ela enfatiza que isso propicia uma dialogo mais vivo com a cultura e a arte.
No caso de artistas, grupos ou universitários que deseje ofertar alguma oficina, performance, apresentação entrar em contato pelo email: cuca_cariri@hotmail.com


Serviço:
CUCA Cariri
Email: cuca_cariri@hotmail.com

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