29/06/2009

Assembléia do Coletivo Camaradas será no Gesso

O Coletivo Camaradas promove a Assembléia Geral tendo como pauta principal a discussão e aprovação de estatutos. O grupo discute arte, marxismo, ativismo, cultura, intervenções urbanas e políticas públicas.

Com o intuito de se aproximar e conhecer realidade social, o Coletivo Camaradas realizará Assembléia Geral neste sábado, dia 04 de julho, na sede do Projeto Nova Vida, na Comunidade do Gesso, no Crato, a partir das 14 horas. O intuito da Assembléia é garantir os procedimentos legais para inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ.

A Comunidade do Gesso é um local simbólico para o Coletivo Camaradas, tendo em vista que foi nesta comunidade que esse grupo conseguiu fazer um trabalho consistente que possibilitou realização de oficinas, intervenções, registro fotográfico, produção de documentário, cartões postais, livretos e de uma exposição no Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB Cariri.

Para a cantora Maria Gomes, integrante do Coletivo, a intenção é favorecer o dialogo com o grande público. Ela destaca que a escolha do local para a Assembléia do Coletivo visa fortalecer essa integração com a comunidade.

Rebecca Sedrim, também integrante do Coletivo e acadêmica de Psicologia ressalta que o coletivo visa construir um novo conceito de arte juntamente com a sociedade. Ela destaca que é preciso consolidar o coletivo e formar novas pessoas que acreditam no poder transformador da cultura. Rebecca frisa que a arte não precisa estar relacionada as elites e que deve estar próxima do grande público.

Documentário "Cabaré" será exibido na comunidade
Logo após a Assembléia, a partir das 18h30, será exibido ao ar livre, o documentário: “Cabaré – Memórias de uma vida”. O documentário faz um resgate histórico da Comunidade do Gesso, antiga zona de prostituição que por décadas foi excluída das políticas públicas do Município. Para Alexandre Lucas que dirigiu o documentário apresentar-lo à comunidade é possibilitar que as pessoas se sintam parte do processo deste registro. Ele frisa que o grupo está interessado em fazer arte com o povo e para o povo. “Não queremos fazer uma arte para os artistas, mas para as pessoas que não tem acesso ao processo de fruição da arte”, conclui.


Um pouco da História
O Coletivo foi criado no final de 2007, com o objetivo de discutir arte numa perspectiva marxista. Neste curto período realizou e participou de diversas atividades, tanto na região do Cariri, como nacionalmente. Destacando-se a realização da Mostra desUSA de Artes Visuais, a luta contra exclusão dos artistas na Expocrato, a Exposição Ninho com trabalhos de presidiários da Cadeia Pública do Crato, a participação na Mostra Baiana Arte e Guerrilha, no Encontro Nacional dos Pontos de Cultura em Brasília, integrou a programação da Bienal da UNE em Salvador, participou do Movimento da Parada Gay em Juazeiro do Norte e da Semana da Mulher no Crato e realizou trabalho registro audiovisual e fotográfico na comunidade do Gesso, antiga zona de prostituição da cidade do Crato que resultou na produção do documentário e da exposição no Centro Cultural do Banco do Nordeste “Cabaré – Memórias de uma vida” e atualmente trabalha na produção de um novo documentário que tratará sobre “A festa do Pau da Bandeira de Santo Antônio” e elabora o Projeto “Coletivo na Periferia”. O Coletivo também mantém o blog: http://www.coletivocamaradas.blogspot.com/ que funciona como espaço aberto para divulgação de textos,eventos e trabalhos ligadas a arte e a cultura, pessoas que não são do grupo podem ser colaboradores do blog.

07/06/2009

Interação marca abertura da exposição "Ousadas" na Paraíba

Uma arte que o público é participante é uma das caracteristicas do trabalho do artista Alexandre Lucas
A abertura da exposição “Ousadas” do artista visual e integrante do Coletivo Camaradas Alexandre Lucas realizada no ultimo sábado (06), no Centro Cultural do Banco do Nordeste – CCBNB de Sousa, no Estado da Paraíba foi marcada pela participação e interação do público. Como é comum nos trabalhos realizados pelo artista, o publico é instigado a fazer parte da obra. Alexandre Lucas enfatiza que tem uma preocupação de propiciar a interação entre obra e público, pois acredita que é preciso quebrar a barreira existente entre a arte,o artista e o publico. “A arte tem um caráter democrático quando o público pode se sentir parte dela”, ressalta Lucas.

A exposição Ousadas reúne fragmentos de texto do movimento feminista e 24 infogravuras no tamanho 60cm x 80cm. Infogravuras são imagens produzidas ou modificadas a partir do uso do computador. O exposição tem um caráter político e visa fazer um reflexão sobre o papel da mulher na contemporaneidade e evidenciar a importância da luta do movimento feminista enquanto instrumento de emancipação humana. O público poderá interagir na exposição através da colocação de frases e desenhos até o final de junho período em que se encerra.

A intenção do artista é propiciar que esse trabalho possa circular dentro da rede formada pelo movimento feminista, através da União Brasileira de Mulheres – UBM.

02/06/2009

"Ousadas” será exposta no CCBN de Sousa


A exposição propõe lançar ao público a reflexão sobre os espaços que a mulher vem ocupando na contemporaneidade mesmo com a presença forte do machismo e a banalização da imagem feminina.




Por Sarah Menezes

“Ousadas”, exposição do artista plástico Alexandre Lucas, estará no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBN) de Sousa, na Paraíba, a partir do dia 6 de junho às 19h00. A proposta do artista, com esse novo trabalho, é tentar mostrar um olhar sobre a emancipação feminina.

A exposição é composta por uma coletânea de 24 infogravuras de mulheres trabalhadoras do convívio do artista no tamanho 80cm X 60cm, em papel fotográfico, produzidas com os programas Word e Paint. Foi usada a técnica de descoloração, recortes, junções e recolorações nas fotos digitalizadas que evidenciam características que apontam um universo marcado pela luta emancipacionista e dilemas da contemporaneidade feminina.

Também será exposta uma coluna que contém fragmentos de textos do movimento feminista sobre as torturas do período da Ditadura Militar, lutas, conquistas e a poesia feminina engajada.

Como a maioria das obras de Alexandre Lucas, o público poderá interagir com o trabalho complementando a frase “Quem ousa...”, que deverá ficar em uma das paredes centrais da Galeria. Segundo ele, o intuito é fazer com que o público participe e que possa se sentir parte do trabalho.


“‘Ousadas’ é um convite à reflexão sobre o papel da mulher proletária numa sociedade dividida em classes sociais antagônicas e machistas. Mesmo as mulheres ocupando os recintos de decisão do poder e da economia do país, ainda permanecem vivos resquícios do machismo, violência contra a mulher e a concepção de que lugar de mulher é na cama e no fogão”, concluiu o artista.